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#plasticfree: 20 dicas para reduzir o uso do plástico

O plástico é um dos lixos mais nocivos que poderíamos gerar no dia a dia. Produzimos lixo-plástico o tempo todo: na sala de espera do médico (quantos copos de água ou cafezinho você toma?), em sorveterias (precisa mesmo da pazinha do sorvete?), viagens, compras de beleza, comida. Tudo é embalado com plástico, um material que não se decompõe. A gente joga fora. Mas a questão é que não há o fora. Ele fica onde estamos, destrói os ecossistemas e volta para o nosso corpo de uma maneira ou de outra. É urgente repensar e produção de lixo, ambientalistas falam há décadas.

Finalmente os movimentos ambientais têm apoiado e reconhecido que ações do dia a dia, em massa, tem impacto positivo e são um bom caminho. O #plasticfreejuly, por exemplo, incentiva as pessoas a serem mais conscientes de seu uso de plástico, apoiando o comportamento e incentivando ações no dia a dia que reduzam o resíduo.

É urgente repensar a auto-responsabilidade nas escolhas e também no pós-consumo. Quando fala-se em dia a a dia, é do cuidado com a  higiene pessoal à compra do mês no supermercado. Da rotina do escritório  a preocupação com o plástico gerado em passeios. Mas a rotina de beleza convencional também é um canal promissor de produção final de plástico. Embalagens de produtos para cabelo (a maioria não é plástico?) e até a fórmula de alguns cosméticos podem conter plástico, sabia?

Confira 20 atitudes que reduzem o plástico do dia a dia

NA ROTINA DE HIGIENE PESSOAL

1 Priorize  comprar de marcas que oferecem embalagens de vidro! Potinhos de argila  são ideais para o meu desodorante caseiro. Os vidros de óleos corporal ficam lindos com plantinhas – tenho vários espalhados pelo banheiro e pela cozinha…

2 Aliás, priorize marcas orgânicas certificadas – a certificação não inspeciona apenas fórmulas, mas todo o contexto de criação e produção. Estas marcas tendem a se preocupar do começo ao fim (bom, a gente espera)

3 Marcas artesanais também costumam usar embalagens minimalistas. Eu só uso sabonete feito à mão e, normalmente, eles chegam a mim embrulhados em papel. E só. Se eu compro pessoalmente, já peço ele “peladinho mesmo”.

4 Use buchas vegetais! Elas vão do banho, substituindo aquelas sintéticas e coloridas, e também podem entrar como alternativa em um dos meus rituais favoritos de cuidado com a pele do corpo: a escovação a seco!

Bucha vegetal: vai do banho à cozinha (Foto: a Naturalíssima)


5 E que tal usar discos de crochê, os eco pads, para limpar a pele?

6 O cotonete tradicional, com cabinho de plástico, é um vilão dos mares. Troque por versões mais ecológicas.

7 Se você ainda usa esfoliantes convencionais, troque já. Ou, de preferencia, faça o seu usando matérias-primas biodegradáveis (aqui tenho algumas receitas).  É que esfoliantes convencionais contém microesferas (bolinhas)  produzidas a partir de alguns tipos de materiais naturais ou sintéticos, como as de polímeros (microplásticos – sobretudo  polietileno, polipropileno, polietileno tereflalato, polimetilmetacrilato e até  náilon). As “bolinhas” saem pelo ralo do banheiro direto para o sistema de esgoto. Como as águas residuais não conseguem filtrá-las, elas vão parar no oceano e, por não serem biodegradáveis, são de difíceis remoção. Resultado: no oceano são confundidas com comida. Primeiro intoxicam os animais marinhos e, muitas vezes, vão parar no nosso prato – sim, é muito possível estarmos  consumindo animais contaminados com essas bolinhas de plástico. Falei mais disso aqui.

Pó de café com açúcar: esfoliante 100% natural (Foto: a Naturalíssima)


8 Use seus produtos até a última gota. Quando a minha pasta de dente está no finalzinho, por exemplo. Corto o tubo no meio, com uma tesoura, e tiro o restante totalmente. Não desperdiço nada. Afinal, até as fórmulas mais ecológicas ainda vem em embalagens com plástico. E quando falamos na redução do lixo, não é somente sobre fazer trocas, mas também prolongar a vida útil de tudo o que compramos ou ganhamos.

9 Falando em higiene bucal, troque a sua escova de dente peças que tem cabo de bambu e cercas de carvão, enfim, materiais biodegradáveis. E quando falamos em redução de lixo, não é sobre não comprar nada com lixo: mas prolongar o uso de tudo o que é de plástico, já que ele não se decompõe.

10 Pare de usar absorvente convencional já! Este é um item que faz mal principalmente para a saúde da mulher. Mas pense na quantidade que você usa por ano. Eles, como qualquer plastico, não se decompõe. E hoje há muitas alternativas para substituir – mais saudáveis, ecológicas e conectadas com as práticas conscientes, caso do coletor menstrual e do absorvente de pano (minha alternativa favorita).

COMPRAS & COZINHA

11 Compre a granel – feijão, arroz, grãos em geral e até farinha. E, ao invés de aceitar que cada item venha em um saquinho separado, leve seus potes com você. Caso fique inviável, leve saquinhos de pano e explique, antes da pesagem, o seu objetivo! Na maioria das vezes eles entendem!

Das atitudes simples: reutilizar os vidros de molho


12 E pare já de comprar potinhos de plástico. Reutilize vidros de molho e geleias para guardar outras coisas, como grãos, ervas e até aquele docinho que sobrou do almoço e pede um potinho menor.

13 Aliás, mais uma vez, prefira marcas de molhos e cremes que vendam em embalagens de vidro. Menos um lixo, mais um motivo para não gastar dinheiro com tupperware.

14 Até o isqueiro é um plástico desnecessário. Prefira o tradicional fósforo.

15 Repense o que você come. Algumas guloseimas são inevitáveis: jujubas, chicletes e chocolates vem todos em plástico, já percebeu. Muitas vezes são itens que nem fazemos questão e jamais sentiremos falta. Evitar (ou deixar de) comprá-los é uma forma de reduzir o lixo-plástico!

RUA & VIAGENS

16 Ecobags! Elas foram o primeiro produto a se popularizar para a produção de lixo. Eu tenho várias – ganhava muitas que vinham com presskits e matérias para pautas. Hoje, quando saio de casa, já levo uma menor. Assim, se passo no mercado ou na feira, já tenho onde levar minhas compras. Vale deixar também no carro, na mala…

17 Leve na bolsa um kit com talheres básicos. Hoje, algumas lojas e projetos comercializam kits feitos até bambu e materiais mais ecológicos. Alguns são até dobráveis, facilitando o dia a dia. Mas você pode fazer um kit com o que você já tem.  Use um guardanapo de pano para você levá-los embaladinhos!

18 Dispense canudos. Isso mesmo. Se você ainda não pode comprar os canudos reutilizáveis (já existem opções de vidro, bambu..) basta dispensar. Antes de a gente sair trocando uma por comporá por outra, é preciso resinificar as ações, né. A gente precisa usar canudo para tudo? Não, né! Repense!

19 Garrafas de água são um item onipresente no dia a dia. Mas não precisa ser. Eu costumo levar minha água ou chá em uma garrafa de vidro que foi reutilizada. Vou um filtro coletivo, reabasteça (shoppings, clínicas médicas, lojas grandes…sempre tem um bebedouro!)

20 Aliás, vale levar um copo com você. Eu, hoje, tenho o copo retrátil do projeto  menos um lixo, mas como também já ganhei alguns de plástico-acrilico de brinde, uso estes também. A ideia não é só fugir do plástico, mas usa-lo os máximo possível. Afinal, eles vão ficar por aí!

O plástico realmente está por toda parte – das roupas aos cosméticos. E ações que reduzem sua produção vão muito além das que citei (estas são apenas as que tem feito parte da minha rotina há alguns anos). Mas repensar o consumo e as matérias-primas do que compramos é um passo importante. Questione, pesquise, leia o rótulo e fique atento. Toda ação é válida. O plástico só não pode mais fazer parte de uma escolha em prol pela vaidade, do conforto, do lazer.  Comece reutilizando um potinho, trocando o esfoliante. Foi fazer uma trilha na praia, na cachu, entrou no mar, e viu um pedaço de plástico boiando por aí? Recolha. Não existe fora ele não vai se decompor em outro espaço. Mas ao menos não vai virar comida para a vida marinha.Toda ação é válida e uma é melhor que nenhuma!

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