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aNaturalíssima: minha história com a beleza saudável

Em julho desse ano as meninas do blog Pele Bonita me convidaram para contar um pouco da minha relação com a beleza, sobretudo em relação ao cuidados com a pele e como surgiu o aN. Quem é próximo a mim sabe como sempre fui supervaidosa com a pele desde sempre e, não à toa, tenho fama de “a louca do protetor solar”. Mas que também sempre fui naturebinha por natureza, íntima das ervas e metida a indicar chás e fórmulas naturais por aí – muito por influencia da minha criação em meio à casa com quintal, horta e galinheiro lá no interior do Rio associada aos muitos anos como  jornalista cobrindo a área de beleza.

No depoimento abaixo, publicado originalmente lá no PB, eu conto um pouco das minhas primeiras descobertas e como me cuido hoje em dia – no caso, quando o post foi publicado, originalmente, em outubro de 2015.

😉

Água da lavagem do arroz para clarear a pele e mistura de mel e aveia para esfoliar. E ainda tinha o suco de couve com laranja e cenoura. ‘Bebe que é bom para o bronzeado’, eu escutava, bem novinha, da minha mãe. De tão vaidosa, fazia tudo mesmo. E feliz da vida. Entre investir no cuidado com a pele ou em uma maquiagem nova, sempre ficava com a primeira opção. Aos 17 anos, comprei meu primeiro protetor solar urbano (sem cheiro de praia), pois pegava muito sol no caminho até o colégio – à época, a versão mais moderna era em gel e derretia no calor.

Em 2009, deixei o interior do Rio e me mudei para São Paulo para dar um up na carreira. Comecei a trabalhar com jornalismo de moda e beleza e a fazer matérias na área de bem-estar. Lançamentos de produtos não paravam de chegar à minha mesa e eu amava testar de tudo. Ao mesmo tempo, a minha relação e curiosidade com a beleza natural voltou a falar alto.


Acompanhando um ensaio de beleza no Liceu , em SP (Foto: Marina Piedade)

Sendo beaytylover nos bastidores de uma pauta, em 2012, no Liceu de Maquiagem (Foto: Marina Piedade)


Aos poucos, voltei a tomar atitudes mais conscientes e, sobretudo, equilibradas. Sempre fui louca por cosméticos, então preferi começar cortando os excessos de maquiagem do dia a dia (base, máscara para cílios à prova-d’agua e sombra ficaram reduzidas às ocasiões especiais). Passei a priorizar alimentos orgânicos e aboli do meu prato o máximo de industrializados – acredito que o que comemos se reflete não só na silhueta, mas também na pele.

Comecei a investir mais nos produtos da Weleda, marca suíça conhecida pelos seus produtos naturais (não vivo sem o Skin Food, um creminho que vai do rosto aos cotovelos); me apaixonei à primeira pincelada pela Bioart, maquiagem orgânica com um portfolio supervariado de sombras; virei fã da Alva Naturkosmetik, marca alemã de cosméticos veganos; e adoro os itens divertidos e feitos à mão da inglesa Lush.

Hoje, no meu cantinho de skincare em casa, marcas da indústria tradicional ainda dividem espaço com esse timinho verde que citei.


Yoga + parque: cuidado de dentro pra fora (Foto: arquivo pessoal)

Yoga + parque: cuidado de dentro pra fora (Foto: arquivo pessoal)


Entre tantas descobertas e reflexões, eu sentia a necessidade de compartilhar algumas coisas – meu trabalho em revista de moda nunca permitiu isso com muito destaque. Foi aí que, em julho de 2014, criei o aNaturalissima.com, um site de bem-estar, que também chamo de manifesto, para compartilhar minhas escolhas saudáveis em beleza, gastronomia e lifestyle. Entusiasmada com o projeto, voltei aos rituais caseiros – sempre acreditei nas receitas com elementos da natureza (ervas, sementes, flores, legumes…) que, além de não deixar lixo algum na terra, são financeiramente acessíveis e divertidos de fazer.

Atualmente, ando íntima do óleo de coco, um potente hidratante com propriedades antioxidantes, que, vez ou outra, eu aplico no rosto, nos cabelos, nos lábios nas cutículas antes de dormir.

O fato é que quando uma pessoa toma consciência genuína – e não apenas por modismo – de que ela pode ser vaidosa, porém de uma forma natural e sustentável, o processo flui sem sacrifícios: há o momento da aceitação, das descobertas, das substituições…

Aliás, os produtos orgânicos e veganos são realmente um pouco mais caros (por uma série de motivos justos), então, uma dica para o bolso não pesar: vá fazendo a troca dos itens tradicionais pelas versões naturais aos poucos.

Se um dia seu nécessaire for 100% natural e sustentável, ótimo. Os meus, confesso, ainda não são, mas sei que já faço uma boa parte – por mim e pelo planeta.”


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Eu + natureza: um caso de amor! (Foto: arquivo pessoal/2015)


Beijos,

Marcela Rodrigues, @anaturalissima @marodriguess

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