Enquanto um traz benefícios físicos e terapêuticos, o outro, por ter ingredientes tóxicos, pode causar alergias, poros entupidos, alterações hormomonais… O óleo vegetal é o tipo de matéria-prima que está na maioria dos cosméticos conscientes. Desodorantes, hidrantes corporais, séruns, sabonetes, pomadas, e até batons! Eles sozinhos por si só já são um cosmético e tanto, uma vez que, dependendo da origem (do tipo de semente, e etc) tem diferentes funções. Eu amo usar óleos puros na pele, seja para hidratar o corpo ou até mesmo remover a maquiagem.
Bom, o fato é que eles, justamente por isso, estão na mira das empresas que cometem greenwashing (prática também conhecida como marketing verde). Resumindo: a indústria investe em uma série de artifícios (rótulos verdes, jargões técnicos, ações socais para desviar atenção do impacto negativo que elas causam…) para que os consumidores pensem que se trata um produto natural, enquanto não é. Primeiro é preciso entender que o fato de um fórmula ter um ativo ou outro, como ervas, flores e afins, não a torna natural, muito menos segura e saudável. Por isso há as certificadoras, com ao IBD, para definir o que é um item natural:
O termo natural se aplica às fórmulas que contenham 95% de ingredientes naturais e 5% de ingredientes orgânicos. Uma fórmula que prioriza insumos naturais, porém, não está totalmente isenta de provocar reações. A indústria convencional, normalmente, utiliza aromas artificiais, enquanto um item natural prioriza óleos essenciais, por exemplo (fonte).
A questão é que incorporou-se no senso comum que óleo é, por si só, um produto de bem-estar, de cuidado saudável. Sim, há muito tempo ele é alvo de greenwash. Por isso o termo “pseudo-natural“, como bem ouvi da dermatologista Patricia Silveira. Assim como os óleos já dito minerais, eles contém uma grande quantidade de ativos já considerados tóxicos.
Para saber a diferença entre um óleo 100% vegetal (e, por isso, natural) e mineral ou pseudo-mineral:
{ Raio X dos óleos }
ÓLEOS 100% VEGETAIS/NATURAIS
Óleo 100% vegetal (Foto: a Naturalíssima)
São derivados de frutos, sementes e plantas, cria um filme protetor na pele, mas, por ter biodisponibilidade, penetra na pele.
Aliás, ele não funciona só com uma camada na pele que hidrata, mas diferentes óleos (maracujá, semente de uva, jojoba, amêndoas…) tem funções distintas também. Alguns são mais hidratantes, outros tem absorção melhor, enquanto alguns agem na regeneração das células. Aliás, eles são ricos em Vitamina E, um poderoso antioxidante.
Um óleo vegetal vegetal pode receber sinergias de óleos essenciais (aliás, eles são um ótimo veículo carreador dos OES, por isso tão famosos na aromaterapia) e, assim, ganhar aromas suaves.
E, importante: são biodegradáveis.
E justamente por serem naturais e terem origem 100% em plantas, sementes e frutos, são multifuncionais com segurança: vão no corpo, nos cabelos, na pele do rosto, e serve de base para cosméticos diversos.
São mais caros porque são puros. E são puros porque respeitam uma série de regras: desde a extração correta, até a manipulação e o controle de regulamentadora.
ÓLEO MINERAL/PSEUDO-NATURAL
Quem nunca usou aquele óleo de amêndoas ultra cheiroso e saiu do banho se sentindo hidratada e perfumada? Pois é, desde que comecei a usar óleo naturais nunca vi nenhum tipo tão cheiroso assim. Óleos minerais, sobretudo os pseudo-naturais, ganham fragrâncias e perfumes sintéticos – grandes causadores de alergias.
São fórmulas que dão uma sensação de hidratação porque elas, de fato, criam uma camada na pele. Esta camada, porém, impede a absorção de boa parte de outros cosméticos que usamos e, pior, impede também que que a pele respire. Resultado imediato: entopem os poros.
Derivados do petróleo, eles contém uma série de elementos tóxicos. Como conservantes, pense em parabenos, glicois e EDTA/BHT. Todos alergênicos e que atuam como disruptores endócrinos.
Não são biodegradáveis!
Por que eles são bem mais baratos do que os óleos 100% vegetais? Porque um óleo com componentes são negativos tem um custo baixo para as empresas.
*Artigo feito com bases em palestra da dermatologista Patricia Silveira e informações do IBD.