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Depilação sustentável: alternativas nocivas x conscientes

O hábito de se depilar começou no século passado, evoluiu, ganhou métodos e acessórios que prometem praticidade e, atualmente (e finalmente)-, passa por uma desconstrução por meio de movimentos que discutem a liberdade e a objetificação do corpo feminino.


Estragos emocionais frutos da imposição estética das mais cruéis à parte, o que trazemos aqui é um outro recorte que a prática de arrancar os pelos por vaidade promove: o impacto ambiental. Será que existe depilação sustentável?


Com exceção da depilação a laser, os métodos mais comuns e práticos envolvem o descarte imediato de acessórios de plástico ou ingredientes sintéticos.


Confira o impacto do aparelhinho descartável e como substituí-lo, porque a cera quente pode ser tão nociva (inclusive à pele) e detalhes sobre a depilação a laser.


Aparelho de barbear de plástico x reutilizável



Barbeador\depilador descartável é um dos vilões da rotina de higiene pessoal. É que embora a versão de plástico seja reciclado, ela quase nunca chega a ser reciclada de fato. Segundo a Eu Reciclo, é devido à dificuldade em se fazer a separação da haste e lâminas. O  correto  é sempre colocá-los em um recipiente sinalizado como uma garrafa PET ou caixa de papelão para não correr o risco de machucar ninguém no caminho. Portanto, a opção de plástico corre o risco de ficar mais uns 400 anos por aí prejudicando o ecossistema local. 


Substituição: uma opção imediata e democrática para todos os bolsos é o aparelho de barbear de metal\aço. Reutilizável, troca-se apenas a lâmina, podendo durar tempo indeterminado desde que você cuide bem (nunca guarde-o molhado, por exemplo). Análise: opção democrática, já que custa de R$ 10 a R$ 16 internet afora. Mas nem todo mundo se adapta bem: a saga da depilação continua (algumas pessoas tem o crescimento do pelo mais ou menos rápido) e as lâminas são mais  eficazes, então pedem mais atenção para evitar cortes. Considerando que até outros métodos, como o laser, acabam pedindo a “raspagem” entre uma sessão e outra, sé sempre bom ter um por perto. 


Cera caseira: parafina x versão vegana

Sugaring:  cera com açúcar e mel (Imagem: Instyle.com)


Eis um ótimo exemplo de que não basta a receita ser caseira: boa parte das ceras de depilação convencionais do mercado contém parafina, ou seja,  derivados de petróleo na área – que estão no topo da lista de suspeitos de serem tóxicos para a saúde humana e para o meio ambiente. Péssima opção em todos os sentidos.  “Além da alta temperatura, a tração cutânea que ocorre ao puxar os pelos, remove-se a camada protetora da pele, o que ocasiona um processo inflamatório, como a foliculite por exemplo, pelos encravados que causam inflamação na pele, gerando até o escurecimento da região” diz a fisioterapeuta dermato-funcional a Thabata de Almeida.


Substituição: versões veganas, como a sugaring, à base de açúcar e limão. Há muitas receitas pelas internet. Mas além de não eliminar a desvantagem da dor e riscos de pelinhos encravados, exige atenção extra no pós-depilatório: a exposição à luz do sol, mesmo que indireta, já  o limão é um ingrediente fotossensível e pode manchar a pele.  


Depilação a laser: tudo sobre a alternativa hight-tech


Depilação a laser: um privilégio prático e que elimina a geração de lixo (Foto: clínica Zay)


O uso de procedimentos com laser para depilação começou na década de 70, quando já estava estabelecido o hábito de depilar axilas, virilhas, pernas e buço. Segundo a Sociedade Brasileira de Dermatolgoia (SBD), trata-se da "remoção intencional de pelos de regiões do corpo, de forma duradoura ou temporária”.


Feito em clínicas de estética e consultórios médicos, é mais do que um método para quem tem o privilégio de poder se livrar dos pelos de uma vez, mas é válido justamente para pessoas que apresentem pelos encravados; hipertricose e hirsutismo (aumento de pelos em locais indesejados, como na região de barba nas mulheres, causado por problemas hormonais.


Quem não pode: quem estiver usando ácidos da região que deseja depilar, ardência por exposição solar, quem faz uso de Roacutan; e gestantes (só com autorização de médicos).


Funciona assim: durante a aplicação, a energia emitida pelo aparelho é atraída pela pigmentação (melanina) do folículo piloso, levando ao enfraquecimento e destruição.


Há vários tipos de laser, como incluindo o alexandrite e o Nd: YAG. Mas um dos mais atuais do mercado, o laser Soprano Platinum, age simultaneamente em diferentes profundidades do pelo sendo mais eficaz e versátil. “Assim conseguimos a remoção de 80 a 90% dos pelos”, explica Evellyn Campanhola, fisioterapeuta dermato-funcional e sócia da Clínica ZAY*.


Dependendo da área tratada, o procedimento pode durar apenas alguns minutos; já o número de sessões dependerá também da densidade dos pelos e do ciclo de crescimento – normalmente entre oito e dez. O resultado do tratamento varia de paciente para paciente, pois fatores como a cor da pele, a pigmentação e a espessura do pelo são determinantes.


Mas porque os pelos de algumas pessoas volta? “A depilação a laser tende a ser definitiva: durante o tratamento, os folículos pilosos vão sendo destruídos a cada sessão. No entanto, a pele é um órgão em constante renovação, por isso podem surgir novos folículos (mesmo sem alterações hormonais)”, explica a especialista.


Outra pergunta que todo mundo faz: “mas porque tão caro?”: “Para se ter acesso às melhores máquinas de depilação , os custos são altíssimos pois as principais tecnologias estéticas são fabricadas fora do Brasil.


"No caso da ZAY, escolhemos uma de tecnologia Israelense para a depilação a laser; o que necessita de diversas manutenções anuais e revisões específicas”, diz Evellyn, lembrando que, por segurança, é importante que o procedimento seja aplicado por biomédicas e/ou esteticistas que possuem a qualificação necessária somada aos treinamentos específicos para se manusear a máquina.


Cada região corporal possui um pacote, e os valores são de acordo com a área corporal e/ou facial escolhida, mas por exemplo, um pacote para a região do buço com 4 sessões (quantidade mínima exigida para iniciar o tratamento), custa em média R$550.


Vantagens: é rápido, dói, mas é bem suportável – digamos que muito menos que cera! Após cada sessão, a pessoa pode retomar suas atividades diárias, no entanto, sem exposição solar no local tratado. Para quem teve escurecimento da região pelo uso de ceras, ajuda a clarear.


De fato é um preço de tratamento estético, mas também traz liberdade por muitos anos. Há as alterações hormonais que podem alterar o resultado, mas é algo que nem sempre controlamos. E se é possível, é um bom custo-benefício. Nem que seja apenas nas áreas mais chatinhas, como virilha, axila e buço.


*Colaborou (texto): Laurielli Gonçalves.

*Post parceiro com Zay Estética.

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